Enquanto a glória do natal se
expande
Aqui, ali, além
Toda a Terra se veste de esperança
Para a festa do bem !
Natal ! ... Refaz-se a vida, alguém
ressurge
Nos clarões com que o céu
te anuncia ....
É Jesus pedir-te que repartas
do teu pão de Alegria.
Para louvar-lhe os dons da presença
Divina,
Não digas, alma irmã,
que nada tens;
A riqueza do amor, no coração
fraterno,
É o maior de teus bens...
Quando o dia se esvai e a noite desce
Ao comando da sombra que a domina,
Para varrer a escuridão da estrada
Basta a luz de uma vela pequenina.
O deserto se esfalfa em longa sede,
Na solidão em que se configura
...
Se chega simples fonte,
Ei-lo mudado em flórida espessura!
....
Ninguém sabe tão bem,
senão aquele
Que a penúria desgasta ou desconforta,
O valor de uma veste contra o frio,
O Tesouro de um prato dado à
porta.
A migalha de força é
a base do universo,
Desde a furna terrestre à estrela
mais remota !...
Todo livro se escreve, letra a letra,
Compõe-se a melodia, nota
a nota
Alma irmã, no serviço
da bondade
Jamais te afirmes desfavorecida
Pobres sementes formam ricas messes
!
Assim também na vida . . .
O cobertor, o pão, a
prece, o abraço,
Uma frase de paz e compreensão
Podem criar prodígios de trabalho
De reconforto e de ressurreição
Natal ! ... dá de ti mesmo
o quanto possuas,
No amparo à retaguarda padecente;
Toda bênção de auxílio
é socorro celeste,
Que Deus amplia indefinidamente.
Natal ! recorda o Mestre da Bondade
!
Ele, o cristo e Senhor
Acendeu sobre a Terra o sol do Novo
Reino
Com migalhas de amor!
Maria Dolores
(Do livro "Antologia
Mediúnica do Natal", psicografado
por Francisco Cândido
Xavier, pág 136, 1ª ed.- FEB)
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