Consequências do
Passado
1 - Como podemos compreender
os resultados de nossas experiências anteriores?
Para compreender
os resultados de nossas experiências anteriores, basta que o homem
observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.
2 - Como
entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos
das existências passadas?
Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há
longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis.
Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo
reparação. Se plantamos preciosa árvore, desde muito,
é natural venhamos a surpreendê-la, carregada de utilidades
e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito,
é justo suportemos a preocupação de pagar.
3 Qual a lição
que as horas nos ensinam?
Meditemos a simples lição das horas.
Comumente, durante a noite, o homem
repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com
os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso
da véspera.
Assim, a vida e a morte, na lei
da reencarnação que rege o destino.
4 Qual a situação
moral da alma no túmulo e no berço?
No túmulo,
a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias
e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no
berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos
que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida
a resgatar.
5 Em síntese, onde
permanece, espiritualmente, a criatura reencarnada?
Cada criatura
reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez consigo e
com o próximo.
6 Qual a explicação
lógica das enfermidades congênitas?
Os grandes
delitos operam na alma estados indefiníveis de angústia e
choque, daí nascendo a explicação lógica das
enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer
tratamento.
7 O que ocorre aos suicidas
nas vidas ulteriores?
Suicidas
que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois
de prolongados suplícios, nas regiões purgatoriais, freqüentemente,
após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o
corpo de carne, mas transportam nele as deficiências do corpo espiritual,
cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados
ou moléstias nervosas obscuras.
8 E os protagonistas de
tragédias passionais?
Protagonistas
de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra,
aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses
escusos, exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros
do aborto e devassidão e malfeitores outros, que a justiça
do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação
em tribulações compatíveis com os débitos que
assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob
o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos,
tolerando-se mutuamente até a solução dos enigmas
que criaram contra si mesmos, atentos ao reequilibro de que se vêem
necessitados; ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos,
integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate
do espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações
coletivas.
9 E aos cúmplices
de erros e enganos?
As grandes
dificuldades não caem exclusivamente sobre os suicidas e homicidas
comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções
infelizes que se adotaram são impelidos a recebê-los nos próprios
braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de
regeneração.
10 O que ocorre àqueles
que provocaram o suicídio de alguém?
Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é
possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito breve, na
condição de um filho-problema ou de um familiar padecente,
requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos,
na falência a que se arrojou.
11 Que acontece àqueles
que impelem o próximo à falência moral?
Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do
caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação
prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra,
ao nosso lado, a fim de que lhes prestemos concurso imprescindível
à reeducação, na pauta dos compromissos a que enredamos,
ao precipitá-los aos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se,
abatidos e desditosos.
Nas mesmas circunstâncias,
carreamos em nós, enraizados nas forças profundas da mente,
os bens ou os males que cultivamos.
12 E o que ocorre aos desencarnados
que malbarataram os tesouros da emoção e da idéia?
Quando desencarnados, não fugimos as leis de causa e efeito.
Se malbaratamos os tesouros da
Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação
ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades conseqüentes,
a se entranharem, nos tecidos orgânicos, que nos compõem a
vestimenta física.
13 E aqueles que se entregam
aos desequilíbrios do sexo?
Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos
alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas,
muitas vezes, com o cansaço precoce e a distrofia muscular,
a epilepsia ou o câncer, de permeio.
14 - E àqueles
que perpetram crimes?
Se perpetramos crimes na pessoa dos semelhantes, ei-nos a frente de mutilações
dolorosas.
15 E àqueles que
se entregam às extravagâncias da mesa?
Se nos entregamos às extravagâncias da mesa, arcamos com ulcerações
e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações
do veículo espiritual.
16 E àqueles que
se afeiçoam ao alcoolismo?
Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecente, somos
induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for.
17 E àqueles que
se empenham em delitos de maledicência e calúnia?
Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos
vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias
correlatas.
18 As conseqüências
de nossos erros se verificam apenas na forma de doenças comuns?
Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades
da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que partilham
a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações
de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas
de nossas ações impensadas.
19 Qual deve ser nossa atitude
perante as provas da vida?
Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir,
para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.
20 Quais as relações
entre o presente, o passado e o futuro?
Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos
nas conseqüências do passado que nos é próprio.
Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.
EMMANUEL
extraído do livro "Leis de
Amor", ítem VI - Francisco C. Xavier e
Waldo Vieira - pelo espírito
de Emmanuel - 3º ed. FEESP
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