Quando a idéia de suicídio, porventura, te assome à
cabeça, reflete, antes de tudo, na Infinita Bondade de Deus, que
te instalou na residência planetária, solidamente estruturada,
a fim de sustentar-te a segurança no Espaço Cósmico.
Em seguida, ora, pedindo socorro aos Mensageiros da Divina Providência.
Medita no amor e na necessidade daqueles corações que te
usufruem a convivência. Ainda que não lhes conheças,
de todo, o afeto que te consagram e embora a impossibilidade em que te
reconheces para medir quanto vales para cada um deles, é razoável
ponderes quantas lesões de ordem mental lhes causarias com a violência
praticada contra ti mesmo.
Se a idéia perniciosa continua a torturar-te, mesmo que te sintas
doente, refugia-te no trabalho possível, em que te mostres útil
aos que te cercam.
Visita um hospital, onde consigas avaliar as vantagens de que dispões,
em confronto com o grande número de companheiros portadores
de moléstias irreversíveis.
Vai pessoalmente ao encontro de algum instituto beneficente, a que se recolhem
irmãos necessitados de apoio total, para os quais alguns momentos
de diálogo amigo se transformam em preciosa medicação.
Lembra-te de alguém que saibas em penúria e busca avistar-te
com esse alguém, procurando-lhe aliviar a carga de aflição.
Comparece espontaneamente aos contatos com amigos reeducandos que se encontram
internados em presídios do seu conhecimento, de maneira a prestares
a esse ou aquele algum pequenino favor.
Não desprezes a leitura de alguma página esclarecedora, capaz
de renovar-te os pensamentos.
Entrega-te ao serviço do bem ao próximo, qualquer que ele
seja e faze empenho em esquecer-te, porque a voluntária destruição
de tuas possibilidades físicas, não só representa
um ato de desconsideração para com as bênçãos
que te enriquecem a vida, como também será o teu recolhimento
compulsório à intimidade de ti mesmo, no qual, por tempo
indefinível, permanecerás no envolvimento de suas próprias
perturbações.
EMMANUEL
(Página recebida por Francisco
C. Xavier – extraído do livro “Pronto Socorro” –ed. CEU)
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